Depois de desistir de participar da final por equipes da ginástica artística ao errar um salto, a principal atleta da modalidade dos Estados Unidos, Simone Biles, comunicou que também desistiria de participar da final individual geral da ginástica.
A decisão da ginasta, cotada como favorita para ganhar cinco medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, acende um alerta sobre saúde mental, bem-estar e rendimento.
A aplicação não está limitada apenas aos atletas de alto rendimento, mas também a saúde do trabalhador: como o bem-estar no trabalho pode tornar as organizações mais produtivas e menos promotoras do adoecimento?
Primeiramente, é preciso pontuar que a saúde do trabalhador exige um conjunto de práticas para promover a proteção, recuperação e reabilitação, já que ele está inserido no campo da saúde coletiva.
Saúde Mental
Há diversos fatores que impactam na saúde mental do profissional: exigência excessiva, falta de reconhecimento, salários baixos, pressão por resultados e prazos impossíveis causam frustrações e estresse extremo.
Muitas vezes, esse estado de desmotivação e cobrança culmina em depressão, ansiedade e esgotamento mental. Neste sentido, surge um novo distúrbio psíquico conhecido como Síndrome de Burnout.
Síndrome de Burnout
Em síntese, ela decorre do esgotamento físico, mental e emocional em decorrência do ambiente de trabalho.
Os sintomas variam entre o físico e psicológico e possuem como principais indícios o cansaço excessivo, irritabilidade frequente, insônia, sentimento de fracasso e incompetência constantes, dores de cabeça, dores de estômago e tonturas.
Não há restrição entre as profissões acometidas, no entanto, existem algumas em que a incidência é maior: professores, bombeiros, assistentes sociais, agentes penitenciários e profissionais da saúde, em especial, enfermeiros.
De acordo com uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma-BR), os transtornos mentais e emocionais são a segunda causa de afastamento de serviços. A falta de um colaborador gera custos e diminui o ritmo de trabalho, uma vez que os colegas de trabalho precisam absorver as atividades do empregado afastado.
É essencial destacar que a saúde do trabalhador está diretamente ligada à sua produtividade e rendimento no ambiente de trabalho.
Como as empresas podem colaborar para a saúde mental dos seus empregados?
Atualmente, apenas 18% das empresas possuem programas com foco na saúde mental de seus profissionais.
Este baixo índice está ligado ao fato de que muitas delas não compreendem que investir no bem-estar do colaborador é uma forma de investir no próprio empreendimento.
É extremamente importante que as empresas fiquem atentas aos sinais apresentados pelos funcionários: faltas recorrentes, irritabilidade, apresentação recorrente de atestados médicos e mal desempenho.
Nós, do PORTUGAL VILELA adotamos esta ideia e, no último mês, contamos com a participação do medalhista olímpico de natação Nicolas Oliveira, que destacou a importância de alinharmos saúde, bem-estar e trabalho.
Apesar do foco deste artigo ser a saúde mental dos profissionais, o bem-estar no trabalho também abrange a saúde física, que pode ser prejudicada por conta de locais insalubres, equipamentos inadequados, falta de estrutura para a execução de suas atividades e excesso de horas trabalhadas.
Por isso, o direito trabalhista consultivo neste âmbito é muito importante para orientar e assessorar o empregador a identificar quais práticas podem ser adaptadas, o que é autorizado pela legislação atual, quais pontos de atenção ao cumprimento das regras de saúde e segurança, e quais benefícios podem ser incorporados no contrato de trabalho.
A equipe do Portugal Vilela – Direito de Negócios conta com uma equipe especialista em Direito do Trabalho, sempre de prontidão para auxiliar na segurança e no bem-estar dos seus colaboradores. Em caso de dúvidas, estamos à disposição!